quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


Senador Sérgio Souza usa massacre nos EUA para propor desarmamento no Brasil!
Sempre que algo terrível acontece, em especial, se há muito sangue de crianças inocentes, alguns políticos rapidamente saem com o discurso do “algo precisa ser feito”, via de regra este “algo” é estabelecer restrições às liberdades e defender o Estado-babá. Propondo que o cidadão não é capaz de decidir certo sozinho, a não ser, claro, quando vota nestes mesmos políticos.
Nosso senado, nos últimos tempos, é o retrato fiel disso.
No massacre de Realengo (no país com uma das leis mais rígidas do mundo para aquisição de armas) o senador José Sarney propôs um novo referendo (projeto ainda em tramitação). O senador Cristovam Cabral muito menos afeito à democracia propôs a simples proibição da venda legal de armas.
Eis que ocorre mais um massacre, desta fez, em uma escola nos EUA e lá vem mais um senador para salvar o brasileiro de tragédias assim, defendendo o desarmamento e o que é mais grave,  contestando o resultado inequívoco do referendo de 2005, supondo ele que está na hora do brasileiro repensar o seu voto. Oras, só há uma forma de repensar o voto, então, nas entrelinhas o senador esta acenando para um novo referendo!

O senador vai ter que convencer muita gente na sua base eleitoral – Paraná – onde 74% dos eleitores disseram não ao referendo! Boa sorte senador, o MVB continuará aqui para garantir que sua posição contra o cidadão seja lembrada para seus eleitores.
Pedimos que todos, em especial o pessoal do Paraná, deixem claro ao senador que sua posição não é em nada democrática. SEMPRE DE FORMA EDUCADA, POIS AGRESSIVIDADE EM NADA AJUDA NA LUTA PELO NOSSO DIREITO.
E-mail institucional sergiosouza@senado.gov.br




Armas sem registro: 600 mil ou 7 milhões?


Bene Barbosa*

Como mais uma das sucessivas tentativas de desqualificar a luta pelo direito conquistado no referendo de 2005, ou seja, de possuir e portar armas de forma legal, recentemente o Instituto Sou da Paz acusou a Associação Nacional de Armas e Munições (Aniam) de divulgar informação falsa para prejudicar o Estatuto do Desarmamento. 

Mas, que reais interesses teria um instituto, que se diz atuar em prol da segurança pública e do controle de armas, em divulgar um número tão reduzido de armas em situação ilegal no país? Onde foram parar as 7.349.624 armas que estavam cadastradas em 2010 no Sinarm e que em 2012 não estão com registro ativo na Polícia Federal? É o que eu e os mais de 60 milhões de brasileiros que disseram não ao desarmamento no referendo de 2005 queremos saber.

A legislação atual, decrépita e ineficaz para combater ou reduzir a criminalidade violenta, só serviu para jogar na ilegalidade milhões de brasileiros e fomentar o contrabando de armas e munições. Ou se atualiza a legislação, ou continuaremos tendo uma política nacional de segurança pública baseada em pura ideologia.

Os dados contestados se referem ao número de Certificados de Registro de armas de fogo na Polícia Federal que estariam vencidos — um grave problema oriundo principalmente da falta de soluções práticas para a renovação dos registros. A divergência nas informações fornecidas pelo Sistema Nacional de Armas e Munições (Sinarm), de responsabilidade da Policia Federal, segundo o instituto, gira em torno de 6 milhões e 400 mil armas em situação ilegal.

Essa cansativa insistência em justificar a necessidade do desarmamento civil, ou voluntário, obscurece o que de fato é o problema: as armas ilegais nas mãos dos criminosos, não o cidadão de bem que deseja regularizar a sua situação. Ao invés de acusar indevidamente a indústria de armas e contestar dados tão importantes para o combate a ilegalidade no país, o Instituto deveria primar por ações. Cobrar a aplicação de uma política que vise sufocar o tráfico de armas e a promoção de uma investigação nacional minuciosa do fluxo de comércio de armas de fogo.

É fato que o comércio ilegal de armas e munições garante altos lucros a interesses que fazem de tudo para que essa atividade continue oculta do público, o que não parece ser o caso da indústria de armas acusada de fornecer informações falsas. É preciso considerar que a indústria de armas e munições, além de possuir interesses privados e comerciais, como toda companhia, preza também pelo interesse da sociedade e pela contribuição da melhoria na segurança pública. Uma mostra disso é que a maior parte de sua produção e tecnologia é voltada para a segurança nacional. A outra parte é voltada para o direito do cidadão de bem à legítima defesa. 

*Bene Barbosa, bacharel em direito, é especialista em segurança e presidente do Movimento Viva Brasil. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


O sangue na ponta de uma faca é menos vermelho?
Bene Barbosa*
Dia 14 de dezembro de 2012, um homem invade uma escola primária e consegue atacar 22 crianças. Não, não estamos falando do mais recente e hediondo ataque em uma escola norte-americana. Estamos falando de mais um ataque ocorrido na China. Não, ele não usou uma arma de fogo, usou uma pequena faca que roubou da cozinha de uma senhora que também foi esfaqueada.
Os ataques à escolas primárias na China são extremamente comuns e causam centenas de mortes e mutilações em crianças e adultos. O governo Comunista Chinês decidiu inclusive vetar informações sobre os ataques, para evitar os possíveis copiadores, ou seja, pessoas que resolvem agir da mesma forma. Assim, dificilmente teremos número reais da quantidade de ataques que ocorrem na gigantesca e censurada China.
Ao contrário, os EUA vivem uma democracia que venera a liberdade de imprensa e por isso não existe qualquer freio – e não deve haver mesmo - para noticiar-se esse tipo de ocorrência, que sempre causa comoção no mundo com os vídeos e fotos que são veiculados em milhares de jornais, revistas e canais de televisão.
No Brasil, imediatamente dois tipos de sentimentos aparecem em comentários, debates e reportagens, quase sempre juntos: o antiamericanismo e o desarmamentismo. O discurso de modo simplista e simplório de que o americano é belicista, que os EUA são a cultura das armas, que o cinema vangloria a violência, etc. E, claro, num tom professoral, que os EUA deveriam restringir a compra de armas de fogo pela população, em detrimento da chamada Segunda Emenda.
O mais interessante é que esses doutos especialista brasileiros moram em um país onde o desarmamento vem sendo implantado desde 1997. Em um país onde o porte – legal – de armas é proibido, onde a compra de um reles .22 tem tamanha burocracia e custos que inviabiliza a aquisição para 99% da população. Ou seja, um país desarmado, mas em que se mata 55 mil brasileiros por ano! Onde 45% dos jovens que não morrem por causas naturais são assassinados.
Os EUA possuem 5 vezes menos homicídios que o Brasil. Connecticut teve, em todo o ano de 2010, menos de 150 assassinatos, e a pequena cidade de Newton, onde ocorreu o massacre, tem em média dezesseis crimes violentos por ano, e apenas um homicídio!
Qual o motivo destes “especialistas” que culpam as armas, o belicismo, o cinema ou o próprio capitalismo não se manifestarem tão veementemente sobre as mais de cem crianças mortas a facadas, machadadas ou marretadas na China, só em 2010?
Será que o sangue inocente de uma criança chinesa no gume de uma faca é menos vermelho que o sangue de uma criança norte-americana no chão de uma escola? A verdade é que o que define o horror e que “alguma coisa precisa ser feita” é a ideologia cega e burra dos especialistas de plantão.
*Bene Barbosa é bacharel em direito, especialista em segurança pública e presidente da ONG Movimento Viva Brasil
AVISO: ESTE ARTIGO PODE SER LIVREMENTE PUBLICADO E DISTRIBUIDO DESDE QUE MANTIDO EM SUA ÍNTEGRA E RESPEITADA A AUTORIA.




Para especialista, foco da discussão sobre armas é equivocado

Após mais uma lamentável tragédia nos Estados Unidos, com um assassino descontrolado abrindo fogo contra crianças em uma escola, volta à tona a discussão sobre o controle de armas naquele país e, por tabela, também no Brasil. Por lá, desta vez coube ao governador do estado de Nova Iorque puxar o coro por mais restrições ao acesso às armas, e, por aqui, isso parece ser tarefa da grande mídia televisiva.
 
A discussão, no entanto, é duramente criticada pelo pesquisador em segurança pública da ONG Movimento Viva Brasil, Fabricio Rebelo, para quem há um erro de foco na abordagem do tema. Segundo Rebelo, "o debate é necessário, porém não sob o prisma de mais proibições, pois quem comete atos assim não está observando lei nenhuma, e não seria a ilegalidade no acesso às armas que  impediria o assassino; afinal, matar já é a maior das proibições legais e ele matou dezenas de pessoas".

De acordo com o pesquisador, a discussão deveria ser voltada à permissão da atuação de segurança armada nas escolas e universidades, ou mesmo à liberação ao porte de arma por professores e funcionários nestes locais. "Não podemos fechar os olhos para o fato de que estas tragédias somente acontecerem, exatamente, onde não é permitido portar armas. São locais onde o assassino sabe que a reação não existirá prontamente e, até a chegada da polícia, várias mortes acabam sendo provocadas", afirma.

Ainda segundo Rebelo, a investigação desses casos costuma mostrar que a ação do assassino poderia ser parada caso houvesse alguém armado dentre as vítimas. “É contumaz nestes casos a constatação de que o ataque prossegue até que alguém armado chegue ao local, quando o assassino é morto ou acaba tirando a própria vida. Portanto, o meio mais eficaz de se evitar estes ataques é possibilitar que a reação seja mais rápida, para que, ao invés de tentar se esconder e rezar pela chegada da polícia, alguém possa simplesmente revidar, salvando a própria vida e a dos demais ali em risco”, pondera o pesquisador.

Rebelo ilustra sua tese com um recente episódio ocorrido em Portland (EUA), sequer por aqui divulgado, em que um homem entrou em um shopping portando um rifle AR-15, mesma arma utilizada na escola de Connecticut, e começou a disparar contra as pessoas. "Nesse caso, ao contrário de um massacre, o agressor só conseguiu atirar em duas pessoas, sendo logo confrontado por um cidadão armado que ali fazia compras e, diante da reação, preferiu tirar a própria vida. Se isso fosse uma realidade também em escolas, as crianças estariam muito mais protegidas de ataques insanos", conclui.

Num dos mais famosos casos de ataque contra estudantes americanos, em Virginia Tech, à tragédia se seguiu uma forte discussão sobre a liberação do porte de armas nas universidades. Hoje, o porte ainda não é liberado, mas a presença de seguranças armados já é uma constante e, onde ela existe, não se tem verificado casos de ataque.

Publicado originalmente no blog "Defesa Armada".