segunda-feira, 2 de abril de 2012

Alimentação de atletas em viagem

Carla Gonçalves da Cruz
O atleta moderno é um viajante global que enfrenta vários desafios nutricionais durante viagens. E apesar de, em alguns casos, treinadores e atletas terem conhecimentos da boa alimentação orientados por uma nutricionista, muitas vezes não conseguem aplicá-los em determinados momentos e locais.

A mudança na disponibilidade de alimentos de consumo habitual durante as viagens pode gerar uma preparação inapropriada para a competição.

Alguns atletas comem em excesso durante as viagens, fazendo lanches altamente energéticos e gordurosos. Muitas vezes compram suas refeições em lanchonetes ou fast foods, se alimentam em aviões ou ônibus, pulam refeições e experimentam alimentos não consumidos habitualmente, o que pode não ser ideal para o período de preparação.

Em primeiro lugar o atleta deve preocupar-se em manter a estrutura alimentar habitual: horário e quantidade de refeições, composição nutricional e estratégias de hidratação. Por outro lado, se a viagem contar com diferença de fuso horário, os atletas devem estar dispostos a mudar os horários das refeições para melhor responder ao relógio biológico.

As novidades, especialmente se fugirem muito do paladar habitual, devem ser evitadas, o que diminui as chances de um desconforto gástrico. A ingestão de guloseimas deve ser cuidadosa, especialmente se o momento envolver diminuição da rotina de treinamento com foco na preparação.

Apesar de terem uma exigência maior de carboidratos, os atletas podem ter dificuldade ao escolher bons alimentos fontes. Dietas cronicamente deficientes em carboidratos podem levar à depleção progressiva do glicogênio, causando queda no rendimento. Há muitas sugestões de lanches com fácil transporte e pouco perecíveis, por exemplo: pães, cereais, biscoitos, barras, frutas frescas e secas, bebidas esportivas, entre outros.

Outro aspecto importante é o da contaminação de alimentos e água por questões de higiene, podendo causar problemas gastrintestinais. Por isso, o atleta deve comer e beber água apenas em locais confiáveis com condições próprias de higiene.

Referências:
Fonte: RGNutri
MAUGHAN, R. J.;Burke, L. M. Nutrição Esportiva. Ed. Artmed, 2002.
BERNING, J. R. Sugestão para alimentação de atletas em viagem. Sports Science Exchange, n.1, jul/ago. 1995.

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