Miras Telescópicas Pretendo aqui fornecer a maior quantidade possível de informação acerca das miras telescópicas. Vou tentar esclarecer ao máximo todos os termos relacionados com as mesmas.
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O que querem dizer os números: Os números em cada mira telescópica diz-nos a potência da mira ou o poder de magnificação, caso o zoom desta possa ser incrementado ou decrementado, dá-nos também o diâmetro das lentes da objectiva. Por exemplo, se tivermos a seguinte designação 3-9x40mm, isto quer dizer que é uma mira com um zoom variável de 3 a 9 vezes com uma lente de objectiva de 40 milimetros. Quanta Magnificação é necessária: Devido às miras mais potentes terem um campo de visão inferior às miras menos potentes, deve-se escolher uma mira que tenha a melhor relação potência/campo de visão de acordo com a distância que se tenha em mente de atirar. Deve-se utilizar miras de baixa potência, logo melhor campo de visão, para tiros pertos em zonas de muito mato ou arvoredo. Por outro lado deve-se utilizar miras de maior potência, logo menor campo de visão, para tiros de grande distância, como por exemplo em zonas de montanha, espaços abertos e pradaria. ESTRUTURA DE UMA MIRA TELESCÓPICA
MAGNIFICAÇÃO - AUMENTOS (X) Quanto maior o poder de magnificação, menos nítida é a imagem e menor é o campo de visão. ALTA POTÊNCIA: Servem um propósito muito útil, mas só nas condições certas. Em geral, usa-se miras mais potentes quando se aplica alguma das seguintes situações: 1. Para tiros a alvos e silhuetas 2. Quanto se tem um suporte de apoio 3. Para jogos com alvos pequenos (varmints) 4. Quando o alvo se mexe pouco BAIXA POTÊNCIA: Com uma magnificação mais baixa, goza-se de uma imagem mais nítida e de um campo de visão maior. Em geral, usa-se miras menos potentes quando se aplica alguma das seguintes situações: 1. Com vegetação densa, onde um campo de visão mais nítido é necessário 2. Em condições de baixa luminosidade 3. Para alvos em movimento 4. Para tiros curtos, especialmente onde existe algum perigo FIXO vs ZOOM Miras de potência variável, ou zooms, oferecem os benefícios de termos baixo, médio e alto poder de aumento numa única mira apenas. Os zooms são particularmente vantajosos nas variações de luz, tempo, das condições do meio envolvente ou das localizações geográficas e quando estamos a caçar diferentes tipos de caça. Em resumo, as variáveis permitem ao caçador usar a mira em várias circunstâncias - desde atirar muito próximo até efectuar tiros de longa distância em campo aberto. Miras fixas ou de baixa potência são recomendadas para caça perigosa, especialmente a curta distância ou em vegetação densa onde é necessário um bom campo de visão e onde um erro na estimação da distância possa ter consequências graves. RETÍCULOS (TIPOS DE MIRA)
30/30: Quatro traços com uma das pontas em bico, dispostos num ângulo de 90 graus uns dos outros. O ponto central é criado pela cruzamento das pontas mais finas dos traços. Este padrão pode ser utilizdo para medir a distância. Usando o retículo 30/30, as partes dos traços mais grossas representam uma área de 30" com um aumento de 4x a uma distância de 100m. CROSSAIR: Consiste num padrão simples de duas linhas finas, uma na horizontal e outra na vertical, que se cruzam formando um ponto central de mira. PRO-SHOT: Consiste num retículo 30/30 com um círculo central que nos permite centrar mais exactamente o alvo, serve também para nos dar uma ideia para calcular o raio de acção. TRUE MIL-DOT: Consiste em múltiplos pontos de centragem do alvo que nos permite determinar a distância de um alvo e também o ponto de centragem correcto de acordo com a distância. RED DOT: Consiste num ponto vermelho único criado electrónicamente que se encontra no centro do campo de visão da mira. TIPOS DE REVESTIMENTOS ÓPTICOS Revestimentos ópticos reduzem o reflexo tanto interno como externoe por conseguinte aumentam a quantidade de luz que chega ao olhoo que melhora a luminosidade e o contraste. REVESTIDO: As superfícies das lentes são revestidas para melhorar a capacidade de transmissão da luz. TOTALMENTE REVESTIDO: Todas as entradas de ar em contacto com o vidro são revestidas. MULTI-REVESTIMENTO: Uma ou mais superfícies ou lentes foram revestidas com múltiplos filmes e todas as superfícies são revestidas pelo menos uma vez. MULTI-REVESTIMENTO TOTAL: Todas as entradas de ar em contacto com o vidro têm múltiplos filmes. REVESTIMENTO LILÁS: Reduz o reflexo, ópticas de saída totalmente revestidas Rubicon® Coated (REVESTIMENTO RUBICON): Este revestimento consiste em 14 camadas de múltiplos revestimentos nas lentes da objectiva, e é caracterizado por uma coloração vermelho-rubi nas objectivas. Este tipo de revestimento fornece uma claridade diurna e nitidez excelentes, pois este tipo de lentes filtra a luz vermelha de saída. COMO REGULAR UMA MIRA TELESCÓPICA AFINAÇÃO DA CARABINA Ok, acabamos de comprar a carabina dos nossos sonhos de Monteiro, depois de tanto esperar, e agora? Já vem afinada de fábrica, é só ir para as montarias e dar tiros! Nada de mais errado. … Vamos pensar duas vezes e … de facto, quem a afinou? Com que balas? Em que condições? Então?!...
Há carabinas que vêm com um tipo de miras instaladas que se traduzem no seguinte: A alça possui as duas afinações, ou seja, horizontais e verticais, sendo a Vertical marcada com as letras UP e uma seta, que indica o sentido em que devemos rodar o parafuso se quisermos subir o tiro e a horizontal marcada com a letra R (Rigth), direita, também seguida de uma seta, com a finalidade de nos orientar no caso de pretendermos puxar o tiro para a direita. O ponto de mira é normalmente fixo ou então só se move à base de pancada o que convenhamos não é nada conveniente, para a boa conservação do mesmo. Se a sua arma é de culatra tipo Mauser ou outro extraível, coloque-se a 10/15 metros de um alvo e prendendo a arma, espreite pela alma do cano e centre o interior com o alvo, de seguida nos parafusos de regulação da mira, actue centrando a mesma no alvo. A letra “H” ou “UP”, significa altura, pelo que rodando o parafuso nesse sentido, levantará o tiro. O “R” significa direita, pelo que se rodarmos o parafuso nesse sentido o tiro será deslocado para a direita. De seguida pode iniciar a afinação da sua mira a uma distância de 50 metros, vá regulando a mira com calma, a pressa é má conselheira, tendo em consideração o valor de cada “click”, que se encontra inscrito na torre de afinação ou no livro de instruções, por exemplo, se tiver marcado 1 cm a 100 metros, corresponderá a 0,5 cm a 50 metros, 2 cm a 200 metros, ou seja para alterar a posição do tiro em qualquer sentido, cerca de 5 cm terá que dar 10 “clicks” a 50 metros e 5 “clicks” a 100 metros.
Utilizemos agora o mais simples dos “colimadores”, pegue numa bala detonada e leve-a a um torneiro de maneira a que lhe façam um furo no centro do fulminante de 2 mm, de seguida introduza-a na câmara com a mão e espreite pelo furo para o alvo e siga os passos antes descritos, a “colimação” será bem mais fina.
Tenha em atenção o descrito anteriormente em relação ao valor de cada “CLICK”.
Depois da mira afinada com ela presa, devemos dar um ou dois tiros de confirmação com a arma bem apoiada e verificar que os tiros impactam no sitio desejado. Não se esqueça que os alvos possuem o círculo central de pequena dimensão. No meu caso os alvos que utilizo, tem a configuração que a seguir descrevo e que foram por mim idealizados: círculo exterior com 25,4 cm de diâmetro, passando sucessivamente para 19,4;13,4 e 11,2, o espaço entre estes dois círculos é a preto e dentro deste último esta inserido um quadrado com 8 cm de lado, que por sua vez é dividido em quadrados de 1 cm. Neste quadrado (8 x 8) estão inscritos dois círculos de 6 e 4 cm de diâmetro, o espaço entre estes dois círculos são preenchidos a vermelho. A quadrícula central permite saber automaticamente a quantos cm está o tiro do centro em qualquer das direcções. NOTAS FINAIS:
DICAS PARA CONSERVAR A SUA MIRA TELESCÓPICA
SUGESTÃO DE MIRAS A UTILIZAR NA CAÇA
GLOSSÁRIO DE TERMOS Ópticas revestidas: Revestimentos nas superfícies das lentes reduz a perda de luz e nitidez e de reflexo para uma imagem mais clara e de maior contraste com reduzido esforço para os olhos. As miras Tasco® utilizadas nas carabinas são revestidas com um filme microscópico de Fluoride de Magnésio. Quanto maior o número de revestimentos melhor a transmissão de luz. TIPOS DE REVESTIMENTO: Revestido - Uma camada simples em pelo menos uma lente. Totalmente Revestido - Uma camada simples em todas as entradas de ar em contacto com o vidro. Multi-Revestido - Múltiplas camadas em pelo menos uma lente e todas as superfícies são revestidas pelo menos uma vez. Completamente Multi-Revestido - Múltiplas camadas em todas as entradas de ar em contacto com o vidro. Saída da Pupila (Exit Pupil): É o tamanho da coluna de luz que nos chega ao olho (quanto maior o numero em milímetros, maior é o ponto de luz que vem ao nosso olho). Quanto maior o tamanho da abertura maior a luminosidade da imagem. Determina-se dividindo o diâmetro da lente da objectiva pelos aumentos (caso se tivesse um modelo 4x40, este teria uma saída de pupila de 10mm). Distância da pupila a ocular (Eye Relief): Indica a distância da lente traseira (ocular) a que poderemos ver a imagem completa na mira. Existem diferentes distâncias que a ocular deve ficar do olho, miras para armas de grande potência, requerem uma distância do olho muito maior que os convencionais, a fim de evitar golpes produzidos pelo recuo da arma. Campo de Visão (Field of View): É a área que podemos ver através da mira, normalmente vem escrito em metros que podemos ver a uma determinada distância (normalmente medido a 100m). Um campo de visão mais amplo facilita a localização da caça e de alvos móveis. A medida que aumentamos o "zoom" da mira, diminuímos o campo de visão. Aumentos (Magnification): É a potência da mira, essa potência indica-se com um ou vários números seguidos da letra "X", por exemplo, uma mira 3-9X indica um zoom variável de 3 a 9 aumentos, a qual o alvo pode parecer 3 a 9 vezes mais perto. Um maior aumento geralmente implica uma menor luminosidade e um campo de visão menor, e também é mais difícil manter a retícula sobre o alvo, excepto se a arma estiver apoiada. Abertura (Aberture): É o diâmetro da lente frontal (objectiva) da mira e vem expressa em milímetros. Quanto maior a abertura, maior a capacidade do visor para operar em condições de pouca luz. Exemplo: um visor 3-9X40, o "40" quer dizer que a objetiva tem 40mm de diâmetro. Deve-se levar em conta que quanto mais aumentos, mais abertura é necessário. Retícula (Reticle): É o tipo de "Cruz" que vemos na mira, e é um elemento indispensável para a precisão, existem modelos de miras com retícula iluminada que combinam as retículas normais com pontos iluminados eletrónicamente. Resolução: Resolução, ou definição, é a habilidade duma mira telescópica para distinguir pequenos detalhes e reter a claridade. Selagem, à Prova de Água e de Nevoeiro: Quanto melhor fôr a qualidade destas três características melhor a mira telescópica. Se estas forem de boa qualidade então a mira manter-se-á cristalina em todos os tipos de condições atmosféricas. Uma mira de elevada qualidade deve ser "limpa" com nitrogénio para remover vestígios de poeira ou gordura internamente, devem também completamente seladas de modo a evitar a entrada a poeiras ou gordura. ALGUMAS IMAGENS
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segunda-feira, 26 de março de 2012
Miras ESTRUTURA DE UMA MIRA TELESCÓPICA - RETÍCULOS - - COMO REGULAR UMA MIRA TELESCÓPICA
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Muito esclarecedoras e precisas as observações, de conteúdo completo e abrangente.
ResponderExcluirAgradeço a ajuda para compreender a funcionalidade das miras.
Abraço.
Dan François (Brasília)